Significado dos principais termos utilizados no setor de navegação e transporte marítimo.
ACON/M – Curso de acesso a 2º Oficial de Náutica.
Acostagem – Ato de acostar um navio (aproximar, arrimar, encostar, pôr junto de. Ex.: uma lancha acostou ao navio).
(Average Freighter) – Navio petroleiro de óleo cru ou de produtos, comcapacidade entre 75 mil e 120 mil TPB ou cerca de 800 mil barris.
Afretamento a casco nu – Ato ou efeito de alugar embarcação mercante por tempo determinado, desarmada e desequipada, cabendo ao afretador arma-la e equipa-la.
Afretamento – Ato ou efeito de alugar (contratar o uso de) uma embarcação mercante para transporte de carga ou de passageiros.
Agente Marítimo – Preposto do armador com delegação para atender e prover o navio em determinado porto, providenciando mantimentos, combustível, serviços de reparos, entre outras atividades de apoio.
AHTS (Anchor Handling and Tug Supply) – Embarcação que atua com rebocador, manuseio de âncoras e transportes de suprimentos.
Alvarenga (Lighter, Barge) – Embarcação robusta, sem propulsão e de fundo chato, empregada para desembarque ou transbordo de carga nos portos. O mesmo que Batelão.
Apoio Marítimo – Embarcações de apoio às plataformas de petróleo (Offshore).
Apoio Portuário – Realizado exclusivamente nos portos e terminais aquaviários, para atendimento às embarcações e instalações portuárias.
ASON/M – Adaptação a Oficiais de Náutica e Máquina.
ATNO – Curso de Atualização de Náutica para Oficiais.
ATOM – Curso de Atualização de Oficiais de Máquina.
Barcaça (Barge, Lighter) – O mesmo que Alvarenga, Batelão e Chata.
Broker – Corretor, agente intermediário que compra, vende e freta navios, competindo-lhe também elaborar os contratos atinentes a essas transações.
Cabotagem – Navegação mercante realizada em águas costeiras de um só País, ou em águas marítimas limitadas.
Cábrea (Shears, Pontoon Crane) – Pontão sobre o qual existe montado um aparelho de manobra de pesos. É utilizado para embarcar ou desembarcar grandes pesos sem que se tenha necessidade de atracar o navio ao cais; para transportar grandes pesos a pequenas distâncias.
Canal de Acesso – É o que permite o tráfego das embarcações desde a barra (local que demarca a entrada do porto e a partir de onde se torna necessária uma adequada condição de sinalização) até as instalações de acostagem e vice-versa.
Carga Geral – Mercadoria que tem forma própria e marca de identificação em cada unidade, necessitando, normalmente, de embalagem para ser transportada.
Cargueiro (Cargo Ship) – O mesmo que Navio de Carga.
Cargueiro a frete (Tramp) – Navio mercante de carga que não tem itinerário fixo, podendo destinar-se em cada viagem a qualquer porto onde haja carga a embarcar.
Cargueiro regular (Liner) – Navio mercante de carga empregado numa linha regular de navegação, repetindo o mesmo itinerário em todas as viagens.
Chata (Barge) – Embarcação com ou sem propulsão própria, com fundo chato, destinada ao transporte de granéis líquidos ou secos. Quando sem propulsão, seu movimento é provido por um Rebocador ou Empurrador.
CIR – Caderneta de Inscrição e Registro
Contêiner: Receptáculo (metálico ou de outro material) especialmente desenhado para facilitar o transporte e a proteção das mercadorias contidas em seu interior, do lugar de embalagem ou porto de embarque até o depósito de seus donos ou consignatários no país.
Crewboat – Embarcação adotadas para transporte de tripulantes para às plataformas.
CTS – Cartão de Tripulação e Segurança (define a tripulação mínima que um navio deve ter para zarpar).
DPC – Diretoria de Portos e Costas.
Draga (Dredger) – Embarcação apropriada para retirar material do fundo, em águas pouco profundas. Normalmente utilizada no interior ou na proximidade dos portos para aumentar a profundidade dos canais de acesso ou das bacias de evolução.
DSV (Diving Support Vessel) – Embarcações para suporte e apoio ao mergulho.
EFOMM – Escola de Formação de Oficiais de Marinha Mercante.
Empurrador (Pusher Tug) – Pequeno navio de grande robustez e alta potência, dispondo de uma proa de forma e construção especiais, destinado a empurrar uma Barcaça ou conjunto de Barcaças, que formam um comboio.
Estiva – A atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das embarcações principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumação, peação e despeação, bem como o carregamento e a descarga das mesmas, quando realizados com equipamentos de bordo.
Flutuante (Floating Stage) – Plataforma flutuante, sem propulsão própria e sem equipamentos e compartimentagem que lhe deem finalidade específica.
FPSO (Floating Production Storage and Offloading) – Plataforma offshore de produção, armazenamento e descarregamento.
FSO (Floating Storage and Offloading) – Plataforma offshore de armazenamento e descarregamento. Full container, ou seja, transportar somente carga em containers, ou misto, transportando granéis em seus porões.
Graneleiro – Navio especializado no transporte de cargas sem embalagem ou acondicionamento.
Guindastes de pórticos – Espécie de grua, constituída de uma armação automóvel e sobre a qual apóia-se uma ponte rolante. Serve para içar embarcações, contêineres etc., e transportá-los deslocando-se o conjunto sobre trilhos ou com rodas pneumáticas.
LGC (Large Gas Carrier) – Navio-tanque para transporte de gases, com capacidade na faixa de 50 a 60 mil m2.
LH (Line handling) – Utilizadas no manuseio de espias (cabos de amarração).
Longo Curso: Navegação mercante realizada no alto mar, através dos oceanos, unindo portos de países distintos.
MS (Mini Suplly) – Mini supridores às plataformas de petróleo.
Navio Carvoeiro (Coaler) – Navio apropriado, ou simplesmente usado, para transportar carvão a granel. O mesmo que Carvoeiro.
Navio de Carga (Cargo Ship) – Navio mercante destinado exclusiva ou principalmente ao transporte de mercadorias e cargas, podendo transportar, no máximo 12 passageiros.
Navio de Carga Geral (General Cargo Ship, Freighter) – Navio construído especialmente para o transporte de cargas embaladas ou produtos manufaturados, que não sejam a granel, dotado de guindastes ou paus de carga para manuseio da carga.
Navio de Produtos – Navio para o transporte de produtos claros derivados de petróleo (diesel, gasolina, querosene de aviação, nafta, óleo lubrificante). Normalmente, são navios na faixa de 45 mil TPB ou cerca de 300 mil barris.
Navio DP (Dynamic Positioning) – Navio sofisticado de grande porte utilizado em operações de alívio das plataformas de produção e estoque de petróleo (FSOs e FPSOs), geralmente adaptados de petroleiros, que, além do sistema de propulsão principal, possui propulsores.
Navio fruteiro (Fruiter) – Navio construído especialmente para o transporte de frutas, tendo, geralmente, os porões refrigerados. O mesmo que Fruteiro.
Navio GLP ou Gaseiro – Navios para transporte de gás liquefeito de petróleo ou cerca de 8 mil m2.
Navio Graneleiro (Bulk Carrier) – Navio de construção especial adequada para o transporte de carga a granel, não possuindo assim, guindastes ou paus de carga. Possui características estruturais diferentes, conforme se destine ao transporte de granéis pesados (minérios, por exemplo).
Navio Graneleiro Combinado (Ore-Oil Carrier) – Navio graneleiro destinado ao transporte de granéis sólidos e líquidos, a fim de evitar viagens em lastro. Possui, em adição às instalações do graneleiro comum, um sistema de bombas e respectivas redes para o trato da carga líquida.
Navio Graneleiro Combinado Universal (Oil-Ore Carrier, Obo-Carrier) – Navio graneleiro que pode transportar minério, granéis líquidos e granéis sólidos leves. O mesmo que Graneleiro Combinado Universal.
Navio Hidrográfico (Surveying Ship) – Navio destinado a fazer levantamentos hidrográficos, sendo, para tanto, dotado de equipamentos especiais (hardware e software) para coleta e análise de dados necessários á confecção de cartas náuticas.
Navio Lash (Lash Ship, Lash Type Barge Carrying Ship) – O mesmo que Navio Porta-Barcaças. O nome Lash provém das iniciais da expressão inglesa Lighter Abard Ship.
Navio Mercante (Merchant Ship, Merchant Vessel) – Qualquer navio empregado no comércio marítimo, isto é, que transporta carga ou passageiros a frete.
Navio Mineraleiro (Ore Carrier) – Navio graneleiro projetado especificamente para o transporte de minérios. Possui, normalmente, porões de carga centrais e tanques de lastro laterais que se estendem do nível do convés até o fundo do navio.
Navio Misto (Cargo-Passenger Ship) – Navio destinado ao transporte simultâneo de carga e passageiros.
Navio Petroleiro (Oil Tanker) – Navio de construção especial adequado ao transporte de petróleo bruto ou refinado. O mesmo que Petroleiro.
Navio Porta-barcaças (Lash-Type Ship) – Navio especial que possui guindastes para o embarque e desembarque de barcaças pela popa. Tal sistema permite que a estadia do navio no porto seja mínima, pois o navio não precisa atracar as barcaças que ele transporta.
Navio Porta-Carretas (Roll-on-Roll-off) – Navio especialmente construído para transportar veículos. Estes são embarcados utilizando seu próprio motor, através de uma porta e rampa,situada na popa do navio.
Navio Porta-Contáiner ou Contentores (Container Ship) – Navio construído especialmente para o transporte de carga em contentores (container), existindo dois tipos principais: um, com conveses corridos, para embarque de contentores por rolamento, através das suas extremidades, e outro, do tipo celular.
Navio Químico (Chemical Carrier – CH/C) – Navio para transporte de produtos químicos e granel líquido.
Navio Sea-Bee – Navio que transporta barcaças, diferindo do sistema Lash, quanto ao embarque das mesmas. Neste tipo, as barcaças são arriadas ou içadas para bordo, através de uma plataforma situada na popa, que substitui o guindaste existente nos navios Lash.
Navio Transportador de Gases Liquefeitos de Petróleo (Liquefied Petroleum Gases Carrier, LPG Carrier) – Navio de construção especial, adequada ao transporte de gases liquefeitos de petróleo (metano, propano, butano, propileno, butileno, entre outros).
Navio Transportador de Gases Naturais Liquefeitos (Liquefied Natural Gas Carrier, LGN Carrier) – Navio de construção especial, adequada ao transporte de gases liquefeitos obtidos de fontes naturais, isto é, não obtidos pela refinação do petróleo.
Navio-curral (Cattle-Carrying Ship) – Navio destinado ao transporte de gado em pé, possuindo para tanto currais no convés principal e plataformas para o embarque e desembarque do gado.
Navio-escola (Training Ship) – Navio destinado a prover treinamento a futuros tripulantes de navios de guerra ou mercantes.
Navios Aliviadores DP – Navios que fazem o transporte de petróleo entre plataformas de produção de petróleo e um terminal marítimo, por exemplo. São controlados por sistemas de computadores e com posicionamento dinâmico.
Navio-tanque (Tanker) – Navio de construção especial, adequada ao transporte de carga líquida, que pode ser petróleo bruto, óleo combustível, gasolina, vinho, óleo comestível, entre outros.
Neogranel – Carregamento constituído por conglomerados homogêneos de determinada mercadoria cujo volume ou quantidade possibilita o seu transporte em lotes, em um único embarque.
Offshore – Situado ou realizado ao largo do litoral, na direção do alto mar. As embarcações de apoio marítimo às plataformas de petróleo (Offshore), podem ser divididas nas seguintes classes principais:
Oficial de Máquinas – Conduz e mantém as instalações de máquinas do navio.
Oficial de Náutica – Faz o manuseio dos equipamentos de convés, de navegação e de comunicações de bordo.
OMM – Oficial de Marinha Mercante – Pode ser Segundo Oficial de máquinas, Primeiro oficial de máquinas, Segundo oficial de náutica, Primeiro oficial de náutica, Oficial superior de Máquinas, Capitão de cabotagem ou Capitão de longo curso.
Open Hatch: Navios que abrem suas tampas completamente para entrada de carga solta, de forma organizada. Alguns exemplo de cargas transportadas em “open hatch” são bobinas de papel, fardos de aço, fardos de celulose, entre outros.
OSRV (Oil Spill Response Vessel – Utilizadas para combate a derramamento de óleo.
Panamax – Navio com dimensões que permitem a passagem pelo Canal de Panamá. A capacidade de carga do navio varia entre 70 mil e 80 mil TPB ou cerca de 500 mil barris.
PLSV (Pipe Laying Support Vessel) – Usadas na construção e lançamento de linhas.
Pontão (Pontoon, Hulk) – Plataforma flutuante, geralmente de forma retangular, destinada a serviços diversos. O mesmo que Flutuante.
Praticagem – Serviço de auxílio oferecido aos navegantes, geralmente disponível em áreas que apresentem dificuldades ao tráfego livre e seguro de embarcações, em geral de grande porte. Tais dificuldades podem ser relativas a ventos, estado do mar, lagos ou rios, marés, correntes, bancos de areia, naufrágios, visibilidade restrita, entre outras.
Prático – Profissional habilitado pela Marinha do Brasil e que possui o conhecimento das águas em que atua, com especial habilidade na condução de embarcações, devendo estar perfeitamente atualizado com dados sobre profundidade e geografia do local, o clima e as informações do tráfego de embarcações. É também o responsável pelo controle e direcionamento dos rumos de uma embarcação próxima à costa, ou em águas interiores desconhecidas do seu comandante.
PSV (Platform Supply Vessel) – Utilizadas para suprimento às plataformas de petróleo.
Quebra-mares – Construção que recebe e rechaça o ímpeto das ondas ou das correntes, defendendo as embarcações que se recolhem num porto, baía ou outro ponto da costa. O quebra-mar se diferencia do molhe por não possuir ligação com a terra, enquanto que este sempre parte de um ponto em terra.
Rebocador (Tug, Tugboat) – Pequeno navio de grande robustez, alta potência de máquina e boa mobilidade, destinado a rebocar outras embarcações.
Rebocador de alto-mar (Ocean-Going Tug) – Rebocador de maior porte e grande raio de ação, destinado a prestar socorro marítimo em alto mar.
Rebocador de Porto (Harbour Tug) – Pequeno rebocador destinado a auxiliar a manobra de atracar e desatracar navios, ou a rebocar embarcações na área portuária.
Rechego – ajuntamento e limpeza dos porões, ao final da descarga dos navios de granéis sólidos.
RSV / ROV (Support Vessel) – Barco de apoio à pesquisa e coleta de dados sísmicos. As embarcação de apoio especializada em operação de ROV (Remote Operate Vehicle), operam pequenos veículos que atuam no fundo do mar.<
SISAQUA – Sistema Informatizado de Cadastro de Aquaviário.
Subalterno – Marinheiro Auxiliar de Convés, Marinheiro Auxiliar de máquinas, Taifeiro, Cozinheiro, Moço de Convés, Marinheiro de Convés, Moço de Máquinas, Marinheiro de Máquinas.
Suboficial – Auxiliar de Enfermagem, Enfermeira(o), Eletricista, Condutor, Contramestre.
Suezmax – Navio com dimensões que permitem sua passagem pelo Canal de Suez. A capacidade de carga do navio varia entre 150 mil e 200 mil TPB ou cerca de 1,1 milhões de barris.
Tarifas Portuárias – Valores cobrados pela Autoridade Portuária, como contrapartida pelo uso da infraestrutura portuária e pela prestação de Serviços de Uso Comum.
TEU – a unidade correspondente a um contêiner de 20 pós.
TPB – a Tonelagem de Porte Bruto (dead-weight) – O que pode ser transportado em carga, combustível e equipagem dentro do navio.
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